24 de fev. de 2010

duas coisas a falar hoje.

* Tu sabes quando tu não conhece uma pessoa, nunca falou com ela, mas, ao ler seus textos, parece que conheces ela de longa data? As ideias são iguais as minhas, os pensamentos são iguais aos meus, a maneira de escrever se parece com a minha, hobbys são os mesmos que os meus, a maneira de ver o mundo é praticamente a mesma que a minha. Parece que eu PRECISO conhecer essa pessoa. Parece que eu PRECISO conversar com ela, me aproximar dela. E eu realmente não entendo isso. Sabe, não é uma paixão platônica ou nada do tipo, mas é a vontade de ter alguém, cujas ideias são como as minhas, para debater, conversar, conhecer.
* Tu sabes, quando tu te sente tão sozinho, que tu começa a imaginar coisas? Imagina que tens um amigo que está sempre contigo, do teu lado, não importa o que aconteça, estudando vivendo trabalhando contigo. Imagina que conheces alguém que vai fazer a diferença na tua vida. Imagina que tem alguém que vem te visitar quando tu estás triste, e que sai para comemorar quando estás feliz; alguém que te abrace quando tu precisares, e te diga para parar quando extrapolares. Alguém que te diga todos os dias o quão importante és. Alguém para mandar mensagens idiotas, só prá te fazer lembrar que essa pessoa está viva, e se importa verdadeiramente contigo. Alguém para estar sempre ao lado. Alguém para, até mesmo, amar.
Tu sabes, quando tu estás tão sozinho, que tu começas a reviver o passado, e pensa como seria bom voltar e refazer TUDO, desde o começo, desde que eras apenas uma criança? Pensa como poderia evitar brigas e como seria bom não ter conhecido pessoas. Como poderias ser melhor, como poderias ter feito isso ou aquilo. Isso dói. Dói ver que fizeste tudo errado. Dói, e dói DEMAIS.
Tu sabes quando, em um grupo de pessoas, tu te sente sozinho? Eu sou uma pessoa sociável, mas... Simplismente não consigo conversar com as pessoas da minha idade. Não tenho assuntos, não sei do que estão falando, não escuto o que escutam, não olho programas televisivos que eles olham, não me visto como eles. Eu tento me interessar, para não ficar só, mas, as vezes, N. Schner, autor que citei acima, é mais agradável e amigável através de seus textos (que carrego para dentro da sala de aula, todos os dias) do que as pessoas com quem convivo.
Tu sabes o que é solidão? Era o terrivel bicho-papão que eu temia, desde criança, e agora tenho que enfrentá-lo diariamente. Agora, só espero que o Tempo me ajude.

4 comentários:

Maitê Alencastro disse...

Muito bonito. E meio triste, como a maioria dos teus textos.
Te amo.

Partido Alfa disse...

Taís,
Se todos fossem iguais que graça teria o mundo? Ainda bem que existem pessoas como vc, que preferem os livros e os animais a determinados tipos de pessoas. Morte aos chatos e certinhos. Nós queremos é MUDANÇA, se possivel todos os meses.

Henrique disse...

Gostei do texto. Muitas vezes, leio um livro e me identifico com o personagem. Ou com o próprio autor. Muitos romances são autobiográficos. Existe uma busca. Uma perseguição pela existência. Li um livro há pouco tempo que fala sobre isso. "O encontro marcado", de Fernando Sabino. É uma leitura simples. Espero que goste.

Henrique disse...

Claro , espero que goste se quiser ler... Fica a dica. :-)