5 de mai. de 2009

-qqqq

e eu me sentia pesada. não pesada de gorda, não dessa vez, mas um peso diferente. contradizendo os poetas e musicos, minha alma não tem mais o peso da música, dos raios solares ou de um sorriso. o peso se tornou algo relativo; dependendo do momento é mais, ou menos, e cada vez mais é mais. era o peso da tristeza, peso de uma nuvem carregada, peso do choro agoniado. peso. minha mão tá pesada, enquanto eu escrevo nessas folhas (com uma letra sempre bem grafada). tão pesada que, ao pegar a caneta, me machuco com a unha, com a caneta, e a mão sobre a folha me irrita a pele. enquanto penso no que escrever, rabiscos corações quadriculados na borda da folha, ou reafirmo meu nome, ou começo pequenas partituras. enquanto penso e rabisco, há dois exercícios matemáticos para serem resolvidos. enquanto penso rabisco e não faço, cantarolo. enquanto faço tudo isso, escrevo uma nova confissão.

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